Me pergunto por que algumas crenças, tradições e ensinamentos nos acompanham pelo resto da vida.
Andam ao nosso lado como se estivéssemos de mãos dadas.
Coisas que aprendi com minha mãe , nem sei se me foram ensinadas, mas lembro de vivê-las e isto já é ensinamento...
Carrego comigo tantas receitas e formas de fazer as coisas.
Pode ser uma bobagem, mas desde criança lembro ( e tenho 40 anos) que a segunda-feira era dia de cozinhar feijão... As imagens me vem a mente, parece que estou vendo minha mãe no domingo a noite escolhendo os melhores grãos para deixar de molho, e então na segunda pela manhã bem cedo, a casa se perfumava daquele aroma de feijão e louro, fumegando na panela.
Amo estas lembranças!
Pois não é que faço igualzinho!
Aqui em casa segunda-feira também é dia de feijão, cozido em uma panela de barro com folhas de louro, (morro de medo de panela de pressão, pode isso???).
E o cheiro que se espalha em minha casa traz de volta o sabor da minha infância...
E quantas coisas mais levamos dentro de nós... Uma receita de chá para gripe, a lua certa para cortar a grama ou os cabelos!
Enfim somos uma grande colcha de retalhos, ou uma boneca feito a Emília, costurada a mão.
Costurada por muitas mãos: da mãe, do pai, da vó, da tia, de um amigo, de um irmão...
Nossa vida é feita destes retalhinhos, ora delicados, ora coloridos, ora sombrios e tristes, ora alegres, ora fortes e marcantes. E assim vamos acrescentando mais e mais pedaços... E por que não tirando alguns que achávamos importantes e que hoje não são mais.
Carrego comigo a minha colcha de retalhos e ela vai me aquecendo e me mostrando quem sou, de onde venho, com quem me cruzo e quem eu amo.
E somos um pouco Emília! Feitas de retalhos ora daqui, ora dali...mas sem perder nossa verdadeira essência.
Andam ao nosso lado como se estivéssemos de mãos dadas.
Coisas que aprendi com minha mãe , nem sei se me foram ensinadas, mas lembro de vivê-las e isto já é ensinamento...
Carrego comigo tantas receitas e formas de fazer as coisas.
Pode ser uma bobagem, mas desde criança lembro ( e tenho 40 anos) que a segunda-feira era dia de cozinhar feijão... As imagens me vem a mente, parece que estou vendo minha mãe no domingo a noite escolhendo os melhores grãos para deixar de molho, e então na segunda pela manhã bem cedo, a casa se perfumava daquele aroma de feijão e louro, fumegando na panela.
Amo estas lembranças!
Pois não é que faço igualzinho!
Aqui em casa segunda-feira também é dia de feijão, cozido em uma panela de barro com folhas de louro, (morro de medo de panela de pressão, pode isso???).
E o cheiro que se espalha em minha casa traz de volta o sabor da minha infância...
E quantas coisas mais levamos dentro de nós... Uma receita de chá para gripe, a lua certa para cortar a grama ou os cabelos!
Enfim somos uma grande colcha de retalhos, ou uma boneca feito a Emília, costurada a mão.
Costurada por muitas mãos: da mãe, do pai, da vó, da tia, de um amigo, de um irmão...
Nossa vida é feita destes retalhinhos, ora delicados, ora coloridos, ora sombrios e tristes, ora alegres, ora fortes e marcantes. E assim vamos acrescentando mais e mais pedaços... E por que não tirando alguns que achávamos importantes e que hoje não são mais.
Carrego comigo a minha colcha de retalhos e ela vai me aquecendo e me mostrando quem sou, de onde venho, com quem me cruzo e quem eu amo.
E somos um pouco Emília! Feitas de retalhos ora daqui, ora dali...mas sem perder nossa verdadeira essência.
Imagem: Google
BONECA DE PANO
"De uma caixa de costura, pano, linha e agulha.
"De uma caixa de costura, pano, linha e agulha.
Nasceu uma menina valente Emília, a Boneca-Gente.
Nos primeiros momentos de vida era toda desengonçada.
Ficar em pé não podia, caía
Não conseguia nada... Mas a partir do momento que aprendeu a andar.
Emília tomou uma pílula e tagarelou, tagarelou a falar...
Ela é feita de pano mas pensa como um ser humano, esperta e atrevida.
É uma maravilha Emília! Para cada história, ela tem um plano,
Inventa mil idéias, não entra pelo cano. Ah,essa boneca é uma maravilha!"
Baby Consuelo
Baby Consuelo
Adorava o Sítio do Pica Pau Amarelo!!!!
Doces lembranças!
Se quiser me conte as suas.
Doces lembranças!
Se quiser me conte as suas.
Beijinhos e retalhinhos de afeto para todos!
Rosane Castilhos
Ahh que lindo post, adorei
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirFiquei encantada com teu texto... São as coisinhas pequenas que fomos e que os outros foram para nós que nos fazem a pessoas que somos!
Beijinhos,
Clau
Oi Rosane,
ResponderExcluirAdorei teu post. Concordo com a panela de pressão...sei não... sempre se escuta estórias de explosões envolvendo a dita...hahahaha!!!
Sabia que eu, quando mais nova, me fantasiava de Emília para animar festinhas? Tinha criança que queria ir morar comigo, outras gritavam feito loucas de assustadas e outras tinham aquele sorriso silencioso de adoração! Viu? Só na sua lembrança já me veio um monte de lembrança!!!
Brigadinha por me ajudar a lembrar...e sorrir por isso!
beijinhos!
Querida Rosane!
ResponderExcluirEstou emocionada aqui...meu Deus que texto mais lindo além de pintora é tb escritora...
Eu tenho 41 anos quase a sua idade...e me lembro de vários momentos mágicos que vivi em minha infância...cheirinho de terra molhada,o gosto do matte com limão na praia...quanta lembrança boa!
Somos mesmo uma cocha de retalhos costuradas por muitas mãos maravillhosas!
Vc é mesmo muito especial!
Bjss e uma noite maravilhosa...
http://toutlamour.blogspot.com/
Oi Rosane!
ResponderExcluirMas essa é a verdadeira essência do ser MÃE...Pequenos gestos e ensinamentos que vão conosco para todo o sempre. Eu AMO essas lembranças...coisinhas simples mas de grande valor, para mim na verdade são coisas grandiosas, recheadas de sentimentos, verdades, carinhos, zelos...quando nos vem a mente sempre ficamos com o gostinho de quero mais...De como foi e é bom...
Acho que todos temos um pouquinho disso, de preciosidades deixados por pessoas importantes que passaram e passam a cada dia em nossas vidas, o que difere que uma pessoa perceba, sinta e tenha essa nostalgia boa é a sensibilidade em perceber e valorizar as pequenas coisas.
Bjo
Débora
Olá! Nossa estou emocionada com tudo isso. Me veio tantas lembranças boas e saudosas de momentos especiais, de pessoas que fizeram parte da nossa vida...Tempos que não esqueceremos jamais e que levamos conosco e passamos para nossos filhos. Vc é uma pessoa especial. Deus a abençõe sempre!
ResponderExcluirBeijocas!
Lu
Oi Ro, como sempre suas mensagens são lindas.Concordo contigo carregamos crenças e tradicões por toda nossa vida.Cada momento vivido é um retalhinho.
ResponderExcluirRo deixei um email pra ti agradecendo o apoio.
Sobre lembranças, nesses dias estava me lembrando do bolo de banana feito por minha vó, o cheirinho que vinha pelo quintal.Minha memoria olfativa é boa.Ate hj recordo o cheiro do perfume da minha vó materna e seu jeitinho vaidoso.Doces lembranças.Bjos
Tua sensibilidade é grande,Rosane!
ResponderExcluirAqui também às 2ªs faço o feijão fresquinho, pão feito em casa...
O cheirinho é DEZ!
Somos mesmo pedacinhos de cada coisa, de cada um que por nós passou...Parece cada um deixar uma felpinha e vamos nos tecendo...
Claro que há os retalhos que não gostamos de ter vivido, mas fazem parte... E no fim, todos nos cobrem igualmente.
Procuro deixar os bm coloridos sempre bem vivos em mim e esquecer os outros...
Adoreiu teu post e de ver a Emília. O sítio faz parte da infância dos meus filhos e tu tens a idade deles que estão com:41,40, 38 e 36 anos.
Por isso naquela época, antes que eu fosse para a faculdade, deixava eles jantando e vendo o sítio .
Bons tempos!!!rsrs
Depois, era uma correria, chegava a zeladora do prédio pra ficar om os 4 e exigia que eu os deixasse já no quarto. Imagina a farra que era...
Acabei fazendo um jornal por aqui, desculpe.
um beijo,tudo de bom,chica
Rosane, não lembro se mamãe cozinhava feijão um determinado dia da semana. Mas lembro que eu catava o feijão, que ela colocava de molho para cozinhar no dia seguinte. E lembro que feijão demorava a cozihar. Por isso era cozinhado uma quantidade grande para comer por alguns dias.
ResponderExcluirLegal essa lembrança que vc me trouxe.
Querida Rosane, quando escreveu "carrego comigo tantas receitas e formas de fazer as coisas" você me atingiu em cheio, pois por me sentir assim eu escolhi o nome do meu blog casa de retalhos. Que bom que é visitar seu blog.
ResponderExcluirps.: esse desenho lindo de minha boneca favorita é seu?
Amiga,
ResponderExcluirNossa vida é uma colcha de retalhos e nos cabe a junção deles e quais serão melhor destacar. Amei seu texto, como sempre você também é muito boa nos textos. Seus estudos de aquarela também estão lindos.
bjs e tenha uma linda e inspiradora noite,
Ah! Rosane, que delicia de postagem! Eu li a obra completa de Monteiro Lobato, isso na adolescência. Meus filhos assistiam pela TV e meu netos adoram até hoje quando passam as reprises. Viu como o que é bom não acaba?
ResponderExcluirQuanto à colcha de retalhos, eu concordo com você que temos uma carga enorme de informações que vêm à tona a cada dia, a cada momento certo.
Tenho 63 anos e minha colcha está tão pesada e grande que dá para cobrir uma familia inteira.
Qualquer dia faço uma postagem falando disso. Feijão? também sempre cozinho na segunda rsrsrs
beijos minha amiga querida, se cuida...
E não é Rosane que somos assim mesmo.
ResponderExcluirTenho várias manias, levanto da cama, e posso estar atrasada, mas tenho que arrumá-la na hora.O Chimarão, acordo e já ponho a água pra esquentar, igual minha mãe, rssrs.Bjs
QUE LINDO!!! SOMOS MESMO UMA COLCHA, TECIDA COM LEMBRANÇAS.
ResponderExcluirBEIJOS, QUERIDA!
Ola Querida!!!
ResponderExcluirQue texto lindo , lembrou minha infancia, nunca tinha pensado assim sobe a vida , mas é mesmo!!!
Que linods seus estudos e os desenhos amei.
Bjos Carinhosos
Olá,
ResponderExcluirTambém adorava o sítio do pica-pau amarelo! adorei o texto e de facto, os retalhos vão-se juntando pouco a pouco, mas por vezes uns rasgam-se e voltamos a cozer mas sempre com a doce lembrança daquilo que nos faz bem! Ainda hoje há cheiros que me fazem lembrar as ferias que passava na casa da minha avó:)
Oi Rosane, obrigada pelo comentário tao carinhoso no blog!! Agora sobre seu post, na nossa rebeldia da adolescencia, a gente jura que nao vai ser igual aos pais, quer fazer o oposto de tudo, mas ao crescermos, amadurecemos e vemos que essas tradiçoes sao nossa história, nao há como disvincular de nós!! Aos 42 eu curto tb o cheiro de feijao com louro, mas na pressao rss, arrumar a mesa com o cuidado da minha mae, pequenas coisas, grandes memórias!! Beijocass
ResponderExcluirRosane que delícia de texto... quantas coisas gostosas pra lembrar, se emocionar... nossa... lembrei da minha Emília, tinha uma muito desengonçada...rs
ResponderExcluirSenti o cheirinho do fejão da minha mãe na panela de pressão, tantos cuidados... Somos uma lembrança que forma uma linda colcha de retalhos bem colorida...
Beijos e um lindo dia!
Su.
Eu também adorava!! E tenho uma Emília pequenina!!
ResponderExcluirBeijo!!
Elaine
Amiga linda!!Que post MARAVILHOSO!!Aqui em casa,copio muitas coisas da minha mãe...o feijão na segunda-feira,o artesanato,o reaproveitamento de tudo...mas principalmente o otimismo,o bom humor, a alegria,mesmo nas piores horas!!A vida é mesmo uma colcha de retalhos...na minha já troquei muitos, outros ainda estão...e chegaram novos retalhos, um deles é o da sua amizade,do seu carinho!!BJS de uma fã sua e também do Sítio...tenho duas Emílias que minha mãe fez pra mim,qualquer dia eu mostro!!
ResponderExcluirRosane, você tem sempre palavras belas e sábias que fazem todo o sentido na vida das pessoas.
ResponderExcluirA vida é mesmo uma colcha de retalhos de sonhos, desejos, vivências, frustrações, tristezas e alegrias e é assim que se constrói uma vida.
Beijos
Belíssimo e tocante post, Rosane. Cheiros, aromas, modos de fazer as coisas que ficam na memória do nosso corpo, e estão á mão, quando a gente menos espera. Um cheiro bom de criança, cheiro de cera, enceradeira passeando pelo assoalho, cheiro de casa limpa. E céu de primavera, inesquecível. Pois é, nossas colcha de retalhos tecidas dia a dia com amor, carinho, dificuldades, e o resultado é mesmo uma colcha quentinha, multicolorida, cada pedacinho com sua estória. E porisso e por outras que é tão bom viver.
ResponderExcluirbeijão
Cidinha
Lindo texto. Eu sou do tamanho exato do meu sonho, das minhas lembranças. Sou toda pedacinhos coloridos e de várias estampas.
ResponderExcluirBeijooO*
Oi Rosane, minha querida!
ResponderExcluirEstou por aqui para:
1. Ficar encantada com sua postagem (maravilhosa!)
2. Dizer que recebi meu livro sobre estilos, escolas e movimentos... amei! tenho devorado cada página. Achei informação na medida, com o detalhe de que há indicações de livros para cada escola, caso a pessoa queira aprofundar os estudos!
3. Estive olhando teu perfil e vi que vc é de Caxias do Sul! Estive na sua cidade há três anos, embora apenas de passagem, mas fui àquela igreja onde estão as obras de Locatelli! Nunca esqueci!!!! Fiquei impressionada com aquelas pinturas, com os tons frios (lembro muito dos azuis) e a emoção que me trouxeram os trabalhos dele.
Um beijo imenso, obrigada mais uma vez pela dica de leitura!
Lu
Claro que lembro. É impossível não lembrar :) E a bonequinha de pano era a minha favorita :)
ResponderExcluirSe eu pudesse iria mesmo, mas não seria só a passeio, seria de mala e cuia. Uma pena que não posso.
ResponderExcluirVi na tv que a temperatura daqui vai cair e na madrugada chegará a 10°C, mas de dia sempre esquenta.
Tenha uma noite maravilhosa, debaixo de cobertas e edredons, bem quentinha.
Beijos
Rô ,eu ameia ideia do post coletivo...tenho muitas bonecas da minha infãncia guardadas,vou amar participar e contar a história delas!!Bjs!!
ResponderExcluirOi minha querida!
ResponderExcluirQue post lindo!
Como é bom reviver nossas lembranças com lindas palavras.
Carrego comigo tudo o que minha mãe ensinou e adquirimos os hábitos que faziam parte da rotina da casa que são difíceis de serem abandonados.
Nossa vida é realmente um colcha de retalhos e graças a Deus vai ficando mais linda e colorida a cada dia mediante as nossas escolha.
Um grande beijo
Oi Rosane!
ResponderExcluirEu sou meio compulsiva... rsrsrs
Eu não conhecia esse livro sobre Van Gogh... tenho uma edição brasileira de "Cartas a Theo", que é justamente o conjunto de cartas trocadas entre ele e o irmão, não sei se as mesmas que estão no livro q vc indicou... voou pesquisar, pq dica sua é certeza de sucesso!
o inglês dá uma ajuda danada... vc sabe, sempre tive pavor de inglês, tanto que eu comecei aprendendo francês (por sinal, senti que vc tb gosta, pq seu blog é repleto de palavrinhas em francês!). Há três anos, decidi que iria aprender inglês e me matriculei na Cultura Inglesa. Estudei, li, escrevi, e, ao final, consegui! Hoje leio romances em inglês e tudo! E o inglês tem sido muito util na arte e no artesanato... Claro que, vez por outra, rola uma ajudinha do dicionário, mas facilitou minha vida!
beijinhos artísticos para vc tb!
Lu
Bom dia! e então amiga, sobreviveu a essa noite?
ResponderExcluirQue horror! o duro mesmo foi tomar banho agora de manhã.
Fico imaginando vocês aí no sul, deve ser dificil!
Passei para desejar um bom dia, com sol se possível...
Beijos querida.
Hehehe, eu também morro de medo de panela de pressão e nunca tive!
ResponderExcluirTambém amo lembranças...
Gostei do exemplo da Emília, somos mesmo feitos assim!
As minhas melhores lembranças estao sempre ligadas a minha avo'! Ela me fazia lindas bonecas de pano que guardo até hoje. Sempre que olho para elas lembro-me do exemplo de bondade que foi a minha vozinha - saudades.
Bjim com karim
Léia