Oi gente, SAUDADE...
Na verdade não fiz mais nenhuma postagem não por falta de tempo ou assunto, mas porque tinha me comprometido a publicar a tela do sorteio realizado aqui no blog há um tempo, mas acontece que não consegui terminá-la, ainda ela não está como eu quero que esteja... Mas parei de me sentir culpada por isso, assim que der a mostrarei, como também a ilustração da Lu.
O texto que segue, fiz hoje pela manhã e o publiquei no facebook, daí a Fernanda Reali, me sugeriu que eu o postasse por aqui. Me dei conta de que realmente ele merecia uma postagem, e mais que isso: ele me libertava um pouco da culpa de não ter feito a tela, etc, etc... Ela também me ajudou a perceber que nesse meu "escrivinhamento" estava descrita a MINHA SEMANA. Por isso e por outros CARINHOS estou lá participando da BC A Semana.
Um dia desta semana eu voltava da casa da minha mãe como o Enzo, em um sinal
fechado olhei para trás e ele me deu um sorriso LINDO, naquele momento parecia
que o mundo havia parado, em frações de segundo milhares de coisas passaram
pela minha cabeça, e assim se seguiu durante o trajeto.
AGRADECI por ter coisas muito simples e que as vezes não nos damos conta do
tamanho que elas têm em nossa vida: nós voltávamos de uma tarde vivida com
afeto e troca, meus filhos me aproximaram ainda mais de minha família, de minha
mãe, acho que eles têm esse poder, pois além deles me colocarem na condição de
mãe, me lembram também que SOU FILHA, vou mais a casa dela do que ia antes...
Mas estava falando de pequenas felicidades... Ainda na casa da mãe, enquanto
ela fazia um bolo, enquanto o fogão a lenha aquecia a casa, o Enzo brincava com
o tio, com a cachorrada e com a gata, eu passava nos móveis da cozinha aquele
álcool com cravo e canela, e o cheiro bom do bolo se misturava com esse aroma,
depois o cheirinho de café passado, tudo ia se incorporando dentro de mim e
mesmo eu não percebendo, tudo me afetava profundamente, queria me fazer
entender: AFETAVA MINHA ALMA, posso parecer poética demais, mas é a pura
verdade, tudo aquilo se somava ao que já sou, penso que em algum momento de
alguma forma isso me servirá, pode ser que vire saudade, pode ser que vire
atitude, ou seja: um dia refletirá em mim e nos meus... Levava comigo um pedaço
do bolo para o marido e para a Raquel, eu levava mais amor... Chegando em casa
a cachorrada nos esperava FELIZES e ansiosos, o Enzo correu ao encontro deles,
falando o nome de quem ele sabe falar... A Zi (como o filho chama minha
ajudante quem vem duas vezes por semana) acabava de limpar a casa e ela também
havia usado o álcool perfumado, felicidade boa ver a casa limpinha... Ajeitamos
as coisas, demos comida para a cachorrada toda, colhemos umas laranjas e já era
quase noite, nos acolhemos dentro de casa... Pai e filha chegaram... Amo essa
palavra: CHEGAR... O Enzo fica absolutamente FELIZ DA VIDA ao vê-los e eu
também... Chegaram sãos e salvos de mais um dia, pensei nisso como nunca,
agradeci mais uma vez, por tê-los de volta, ahhh, isso é uma grande
felicidade... Nossa janta era ovo frito com pão (amo), um suco feito com as
laranjas colhidas no nosso pomar e salada da horta da mãe, tudo simples e
feliz... A filha conta-nos do seu dia, ouve uns ensinamentos, o marido conta
suas coisas, eu e o Enzo contamos as nossas, e por fim comemos, COMUNGAMOS mais
um pedacinho de bolo, aquele feito pela mãe... Depois dos afazeres todos que
envolvem colocar dois filhos para dormir, nos "ANINHAMOS" no sofá com
um cobertor, escutando música, enquanto o marido cumpria umas tarefas
domésticas, os filhos dormiram, agradeci outra vez. E assim a vida
segue...
Senti uma
vontade enorme de escrever sobre isso, pequenas e grandes felicidades,
escrevendo sobre elas me dou conta novamente que tenho uma vida feliz... Não
PERFEITA... Feliz! Sou daquelas que carrega as dores do mundo, me comovo com a
dor alheia, mas tenho aprendido a aceitar algumas coisas, que AINDA não sei
como mudar... Com dificuldades a serem vencidas, dores a serem curadas... Nem
todos que AMO, estão felizes, mas isso é para o impossível... Tento viver e
ensinar meus filhos a viverem assim: BOTAR REPARO NAS PEQUENAS COISAS, E SE AS
GRANDES VIEREM, TUDO BEM... Penso que a felicidade acontece desse jeito: não se
é o tempo todo feliz, mas se a gente prestar mais atenção nos detalhes da VIDA,
aqueles tipo: acordar bem, ter alimento na mesa, ter alimento pra ALMA, a
felicidade se dará...
Claro que a semana foi recheada de coisas: lavar, passar,
correr, fotografar, AMAR, ensinar, chimarrear, rir e chorar,
como todas as outras foram e outras mais serão.