Sou Feliz Com Infelicidades No Meio





Considero esse blog a minha caixinha de sapato de guardar lembranças de compartilhar histórias...
Tenho feito muitos amigos através dessa caixinha, pessoas que entram em minha casa, em minha vida e compartilham afetos, saberes, felicidades e dores. Muita gente que quer ver a gente feliz!! Por tudo isso, me sinto a vontade em escrever mais sobre mim. Há alguns dias recebi um e-mail de uma amiga das redes sociais, ela me contava entre outras coisas de uma dificuldade pessoal que estava passando, num texto emocionante e triste. No final ela me perguntou: COMO TU PODE SER TÃO FELIZ? De imediato percebi que ela me escrevera essa pergunta pois ela estava muito infeliz e assim via o resto do mundo feliz. Lhe respondi e achei que a minha resposta poderia ser um novo texto, um novo sentimento, um novo post para essa caixinha de recordações. Não é de forma alguma um lamento, é uma parte da minha história, que respeito, aceito e acima de tudo: ME FEZ O QUE SOU, fez parte de mim:
Quanto a felicidade posso te dizer que APRENDI A SER FELIZ, NÃO SENDO! Ou melhor, compreendi o valor de ser feliz quando não era. Perdi um irmão de sete aninhos, eu tinha apenas dois anos, nem lembro, mas sei de tudo, pois minha mãe me contava, e sabe de uma coisa: morro de saudade dele! Depois quando eu tinha 11 anos, perdi minha irmã com 16 anos, minha única irmã “menina”, meu chão se abriu e parecia que nunca mais se fecharia, minha família se desolou, eu perdi o norte, perdi a alegria, ela era a própria ALEGRIA, tinha todos os sentimento a flor da pele, eu a amava, eu a amo!! Depois por  muito tempo tivemos em nossa família uma pessoa dependente química, só quem vive isso sabe a tristeza e a desolação que isso traz, vi pessoas que amava sendo destruídas por uma força que parecia ser superior a qualquer outra, sofri preconceitos em minha adolescência, coisas me foram ditas que prefiro esquecer, apagar e até entender. Aprendi tanto com isso que me via “agigantando” a cada mazela vivida. Muitas coisas aconteceram, outras deixaram de acontecer e a vida seguiu seu rumo... Olhava para meus pais e via a FORÇA, e por mais incrível que possa parecer eles eram FELIZES, essa era a minha lição para o resto da vida: SER FELIZ APESAR DE. E como não aprender isso? Se era assim que eu via a vida acontecer. Depois vieram outras dores, outras perdas não diferentes de tantas vividas por outras pessoas. A cada uma delas em minha frente apareciam dois caminhos: seguir a vida ou me deprimir, me entregar. Optava pela primeira, ainda assim o faço. Não sou imune a infelicidade, muito pelo contrário, muitas coisas me “derrubam” mas de novo se apresenta a mim a escolha, e eu escolho SER FELIZ!! Escrevi tudo isso para que não te sintas a única a sofrer, melhor ainda: seu sofrimento me parece pequeno diante de tantos outros, não entenda isso como um desprezo pela sua tristeza, entenda como um incentivo para que você busque ser feliz. É agora a sua chance de ESCOLHA! Só você poderá caminhar seu caminho, só você é responsável por sua história! Não a escreva com tristeza, a escreva com CORAGEM! Se sou feliz? SOU, mas com infelicidades no meio!!

Já escrevi aqui muitas coisas da vida, contei tanta coisa, contei felicidade, contei dores que doíam no peito. Tenho a sensação de que quando escrevo, consigo entender melhor o sentimento que me atormenta ou que me faz feliz, as palavras tem o poder de acomodar o que parece não ter sossego dentro de mim.  Quase sempre o que sinto fez, faz ou fará morada num papel ou num teclado. A maturidade me ensinou a ser assim, escrevo as coisas para as coisas saírem de mim... Os sentimentos bons ecoam longe ou perto daqui, e voltam redobrados de tamanho, os ruins também preciso “cuspir”, desse jeito os arranco da minha alma, se ficarem muito por lá criarão mofo, ranço, farão eu perder meu tempo com pequenezas desnecessárias para seguir a vida! Escrever me leva longe, me leva para cantos que de outra forma eu nunca chegaria.  Palavra escrita é REGISTRO, É MEMÓRIA,
Escrever aqui é para mim, algo mágico que parece se multiplicar, nem sei bem explicar esse sentimento, pois  me parece algo que transcende a nossa compreensão,  Pelo menos é assim que sinto, por muitas vezes durante o dia me pego pensando em uma amiga de Valinhos, outra de Porto alegre, outra do Rio de Janeiro, de Goiânia, São Paulo, da Itália, de Portugal e assim por diante, as vezes rezo por elas, penso como resolverão  um "pendenga" que me contaram, ou dou risada sozinha quando escancaram sua felicidade!! Somos uma TEIA, me sinto parte dela, assim como me relaciono com as pessoas que estão aqui pertinho de mim, me conecto também com as que aparentemente estão longe! Me contam suas histórias e eu conto a minha.


Ao refazer e reestruturar meu blog, perdi todos os seguidores,
 o que muito lamento, para que possam receber minhas atualizações 
é preciso que (se quiserem)  voltem a me seguir.



Obrigada pelo carinho, pelo respeito!





Pequenas Felicidades




Oi gente, SAUDADE...
Na verdade não fiz mais nenhuma postagem não por falta de tempo ou assunto, mas porque tinha me comprometido a publicar a tela do sorteio realizado aqui no blog há um tempo, mas acontece que não consegui terminá-la, ainda ela não está como eu quero que esteja... Mas parei de me sentir culpada por isso, assim que der a mostrarei, como também a ilustração da Lu.

O texto que segue, fiz hoje pela manhã e o publiquei no facebook, daí a Fernanda Reali, me sugeriu que eu o postasse por aqui. Me dei conta de que realmente ele merecia uma postagem, e mais que isso: ele me libertava um pouco da culpa de não ter feito a tela, etc, etc... Ela também me ajudou a perceber que nesse meu "escrivinhamento" estava descrita a MINHA SEMANA. Por isso e por outros CARINHOS estou lá participando da BC A Semana.








Um dia desta semana eu voltava da casa da minha mãe como o Enzo, em um sinal fechado olhei para trás e ele me deu um sorriso LINDO, naquele momento parecia que o mundo havia parado, em frações de segundo milhares de coisas passaram pela minha cabeça, e assim se seguiu durante o trajeto. AGRADECI por ter coisas muito simples e que as vezes não nos damos conta do tamanho que elas têm em nossa vida: nós voltávamos de uma tarde vivida com afeto e troca, meus filhos me aproximaram ainda mais de minha família, de minha mãe, acho que eles têm esse poder, pois além deles me colocarem na condição de mãe, me lembram também que SOU FILHA, vou mais a casa dela do que ia antes... Mas estava falando de pequenas felicidades... Ainda na casa da mãe, enquanto ela fazia um bolo, enquanto o fogão a lenha aquecia a casa, o Enzo brincava com o tio, com a cachorrada e com a gata, eu passava nos móveis da cozinha aquele álcool com cravo e canela, e o cheiro bom do bolo se misturava com esse aroma, depois o cheirinho de café passado, tudo ia se incorporando dentro de mim e mesmo eu não percebendo, tudo me afetava profundamente, queria me fazer entender: AFETAVA MINHA ALMA, posso parecer poética demais, mas é a pura verdade, tudo aquilo se somava ao que já sou, penso que em algum momento de alguma forma isso me servirá, pode ser que vire saudade, pode ser que vire atitude, ou seja: um dia refletirá em mim e nos meus... Levava comigo um pedaço do bolo para o marido e para a Raquel, eu levava mais amor... Chegando em casa a cachorrada nos esperava FELIZES e ansiosos, o Enzo correu ao encontro deles, falando o nome de quem ele sabe falar... A Zi (como o filho chama minha ajudante quem vem duas vezes por semana) acabava de limpar a casa e ela também havia usado o álcool perfumado, felicidade boa ver a casa limpinha... Ajeitamos as coisas, demos comida para a cachorrada toda, colhemos umas laranjas e já era quase noite, nos acolhemos dentro de casa... Pai e filha chegaram... Amo essa palavra: CHEGAR... O Enzo fica absolutamente FELIZ DA VIDA ao vê-los e eu também... Chegaram sãos e salvos de mais um dia, pensei nisso como nunca, agradeci mais uma vez, por tê-los de volta, ahhh, isso é uma grande felicidade... Nossa janta era ovo frito com pão (amo), um suco feito com as laranjas colhidas no nosso pomar e salada da horta da mãe, tudo simples e feliz... A filha conta-nos do seu dia, ouve uns ensinamentos, o marido conta suas coisas, eu e o Enzo contamos as nossas, e por fim comemos, COMUNGAMOS mais um pedacinho de bolo, aquele feito pela mãe... Depois dos afazeres todos que envolvem colocar dois filhos para dormir, nos "ANINHAMOS" no sofá com um cobertor, escutando música, enquanto o marido cumpria umas tarefas domésticas, os filhos dormiram, agradeci outra vez. E assim a vida segue... 
Senti uma vontade enorme de escrever sobre isso, pequenas e grandes felicidades, escrevendo sobre elas me dou conta novamente que tenho uma vida feliz... Não PERFEITA... Feliz! Sou daquelas que carrega as dores do mundo, me comovo com a dor alheia, mas tenho aprendido a aceitar algumas coisas, que AINDA não sei como mudar... Com dificuldades a serem vencidas, dores a serem curadas... Nem todos que AMO, estão felizes, mas isso é para o impossível... Tento viver e ensinar meus filhos a viverem assim: BOTAR REPARO NAS PEQUENAS COISAS, E SE AS GRANDES VIEREM, TUDO BEM... Penso que a felicidade acontece desse jeito: não se é o tempo todo feliz, mas se a gente prestar mais atenção nos detalhes da VIDA, aqueles tipo: acordar bem, ter alimento na mesa, ter alimento pra ALMA, a felicidade se dará...












 Claro que a semana foi recheada de coisas: lavar, passar,
 correr, fotografar, AMAR, ensinar, chimarrear, rir e chorar,
 como todas as outras foram e outras mais serão.





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